terça-feira, 24 de janeiro de 2012

CRÍTICA - A Separação, Meia-Noite em Paris e A Árvore da Vida - OSCAR 2012

E o blog voltou de suas longas férias!

Aproveitando o fricote em cima do Oscar e seus nomeados, vamos começar com um post triplo, com pequenas críticas dos três dos indicados a Melhor Filme que já assisti.

A SEPARAÇÃO

Acabo de assistir esse drama iraniano que venceu o Globo de Ouro como filme estrangeiro e já aponto como meu favorito ao prêmio da Academia. O roteiro é fantásticamente bem amarrado, numa simplicidade e ao mesmo tempo numa intensidade de dar gosto. O que mais me agrada na obra é o fato de, como o vencedor do ano passado, o excelente O Segredo de Seus Olhos, ser um filme que não obrigatoriamente se passaria no Irã. Quem me conhece sabe que minha crítica ao cinema brasileiro é que é documental demais, parece que tiram roteiros do Jornal Nacional ou do Datena. Os bons filmes são mais humanos que patriotas. Mais mundiais que regionais. A Separação esbarra sim, em algumas particularidades de lei e religião, mas o cerne da história está ali e é humano. Basicamente, um casal pretende se separar e o marido precisará de ajuda para cuidar do pai, com Ahlzeimer. A empregada contratada comete um erro que provocará uma reviravolta no filme, não falarei o quê. Vale a pena assistir. Nota: 9,0

MEIA-NOITE EM PARIS

De fato, Woody Allen em sua melhor forma, como seus clássicos, não tão maluquinho como ultimamente, mas mais romântico e nostálgico impossível. A trama se desenvolve em Paris, com um ótimo Owen Wilson tendo, como de costume nos personagens Allenianos, um bloqueio criativo em seus escritos e quer usar de uma visita a Paris para se inspirar. Seu passeio solitário pelas ruas revela uma passagem  no tempo que o leva para os anos 20, década dos sonhos do escritor. Daí por diante é uma montanha-russa de confusões clássicas do Sr. Allen, mas não por isso cansativas. Sempre um deleite, e este um de seus melhores deleites. Nota: 8,5

A ÁRVORE DA VIDA

Vou ser bem sincero. Não gostei muito desta obra de Malick, mas não gosto muito de Malick em suma. Com O Outro Mundo ele, pra mim, errou a mão nas pausas longas e tomadas infinitas buscando mais subjetividade que objetividade. A Árvore da Vida é bonito, tem a relação de uma família baseada no conflito pai e filho interessante, mas mais uma vez Malick se punheta. Tomadas lindas representando o surgimento da vida em todos os seus lados, depois da vida após a morte e é tudo lindo. Lindo mesmo, mas depois de 40 minutos vendo só belos papéis de parede, você fica sedento pela história que fica incompleta. Ainda assim interessante como um quadro renascentista, mas passar mais de 2 horas olhando o mesmo quadro, por mais bonito, cansa. Nota: 7,0

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