domingo, 12 de fevereiro de 2012

OSCAR 2012 - Crítica de OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES

Quando David Fincher, diretor que começou sua carreira com videoclipes da Madonna, depois encontrou Hollywood com os ótimos Alien 3, Sete, Clube da Luta, O Quarto do Pânico e abrilhantou os olhos do pessoal do Oscar com Benjamin Button e A Rede Social, decidiu refilmar o primeiro livro da saga Millenium que havia sido feito em seu país de origem mal fazia um ano eu pensei - Ok, pode dar certo, embora o original já tenha ficado muito bom. E deu certo. Em alguns aspectos ainda melhor.
Eu sou um grande fã do cinema Europeu, mas apesar de gostar muito dos filmes Suecos, Suiços, todos eles tem um item que me incomodam um pouco - o ritmo. Histórias ótimas, sempre atores e atrizes concentradíssimos, uma fotografia e direção linda, mas o ritmo sempre cai no meio do longa. Eu achava isso deste original e com a versão de Fincher isso se perde, parte graças a uma inteligente edição, parte graças ao trabalho dos atores e da narrativa mais Hollywoodiana, sem perder a essência da trama.
No longa temos a história de um jornalista processado por difamação (Daniel Craig) que graças a perda do processo pode levar sua revista a falência. Paralelamente temos a história da orfã Lisbeth (a excelente Rooney Mara) e sua batalha para continuar recebendo pensão do seu tutor doente e mantar sua fonte de renda alternativa - rackeamento de computadores. O jornalista é chamado por um velho sueco rico que quer, antes de morrer, uma biografia de sua família, mas usar isso para descobrir o fim que deu sua sobrinha, desaparecida a anos. Ele dá como pagamento para o jornalista, além de dinheiro, informações que podem inverter o processo que o está difamando.
Não vou contar mais que isso (que é só os primeiros 10 minutos de 2 horas e meia de reviravoltas) para não estragar o barato de um filme investigativo. O bacana de Os Homens... é que é um filme baseado num livro bem escrito, bem amarrado. As informações não são cuspidas na tela, elas vão surgindo aos poucos, taciturnas, sombrias, sem sabermos a importância de cada uma delas até termos o primeiro desfecho, lá pelas 2 horas de projeção (sim, temos mais de um desfecho no filme). Claro que tudo isso é abrilhantado por uma inteligente direção, uma ambientação e fotografia que fazem TODA a diferença, deixando o clima certo de suspense e um grupo de atores inspirados, destacando-se a indica ao Oscar Mara, pela construção perfeita de uma Lisbeth complexa e carismática em sua esquisitisse.
Para os fãs de suspenses, é um prato cheio. Para os admiradores de bom cinema, um exemplo de que um filme pode ser popular e bonito ao mesmo tempo, além de inteligente. Vale a visita ao cinemas e depois vale ver o original.

Nota: 9,0

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