sábado, 29 de maio de 2010

Crítica - Carros Usados, Vendedores Pirados



A comédia produzida por Will Ferrel , o ator que entra na lista de favoritos na comédia Norte Americana, mas que aqui no Brasil não emplaca de jeito nenhum, tendo exemplos como o péssimo Elo Perdido, o médio A Feiticeira e o que eu gostei, Ricky Bobby, traz em seu elenco alguns astros conhecidos de séries de televisão. Parte deles do Saturday Night Life, como Kathryn Hahn e Ed Helms, e tem como protagonista o astro de Entourage, Jeremy Piven.
A história é simples e sem muitos rodeios: Uma equipe de vendedores mercenários, que são especialistas em vender carros, mesmo que ruins, para qualquer tipo de clientes, é contratada por velho dono de concessionária para tentar salvar sua loja da falência. O trabalho da equipe é não somente vender os carros, mas ensinar os funcionários do local a vender usando o estilo deles, que envolve entender o cliente e usar o perfil do cliente combinando com o perfil do veículo e convencê-lo de que aquele é o carro certo pra ele. A equipe de mercenários é formada por 4 elementos, o chefe deles, um metido a garanhão, o clichê do norte-americano que se acha o tal, com seus discursos motivacionais, palavrões e auto-estima inatingível, a mulher sem escrúpulos, que usa do sexo para vender e é estressadíssima, o caipira que usa de mentiras e da imagem do pobre coitado para suas vendas e o negão enorme e assustador, que intimida seus clientes.
Do outro lado, na loja, temos desde um coreano assustado, a homens de meia-idade sem motivação e um velho combatente de guerra estúpido e boca-suja. Juntos, esses perfis terão que buscar o melhor de si para vender o máximo possível. E a campanha fica acirrada quando uma aposta com o noivo da filha do velho dono da concessionária diz que ou eles vendem todos os carros em 3 dias, ou a concessionária fica com ele.
A história parece divertida, não? Mas não é. O filme é uma sucessão de erros que chegam a incomodar, inclusive, espectadores saíram antes de seu término. O uso de um linguajar chulo, desnecessário, abusivamente sexual incomoda e faz o filme ficar extremamente bobo. As soluções do roteiro são óbvias, muitas vezes exageradas, os personagens não apresentam grandes conflitos, seus problemas não são bem explorados e tudo se torna um festival de bobagens, piadas já vistas e estereótipos incômodos.
Algumas cenas, muito poucas, podem te levar a um risinho sofrido, mas nada que valha o ingresso ou sequer o aluguel. Eu recomendo esperar que o filme passe no Super Cine, aonde a dublagem ocultará metade dos palavrões desmedidos. Enfim, um desperdício de elenco competente para um roteiro bem fraco.

Nota: 2,5

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